O policial federal Wladimir Matos Soares, de 53 anos, natural de Salvador, está sendo investigado por seu envolvimento na tentativa de golpe de Estado ocorrida em janeiro de 2023. Áudios obtidos pela Polícia Federal (PF) indicam que ele fazia parte de um grupo armado com a intenção de prender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e estava disposto a utilizar força letal para alcançar seus objetivos .
Áudios Revelam Planejamento de Ações Violentas
Em gravações divulgadas pelo Jornal Nacional, Wladimir Matos Soares é ouvido mencionando a preparação de uma equipe para prender ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes. Em um dos áudios, ele afirma: “A gente tava preparado para isso, inclusive. Para ir prender o Alexandre de Moraes. Eu ia estar na equipe, ia botar para f*** nesse f***, mas não é assim” .
Em outro trecho, o policial declara que sua equipe estava pronta para agir assim que recebesse a autorização do então presidente Jair Bolsonaro: “A gente tava pronto, só que aí o presidente… Esperávamos só o ok do presidente, uma canetada para a gente agir. Só que o presidente deu para trás” .
Denúncia da Procuradoria-Geral da República
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Wladimir Matos Soares por sua participação na tentativa de golpe de Estado. Segundo a PF, ele integrou uma organização criminosa que planejava ações violentas para derrubar o governo eleito e abolir o Estado Democrático de Direito .
Defesa do Policial Federal
Em sua defesa, Wladimir Matos Soares negou ter atuado como agente infiltrado para vazar informações sobre a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a transição de governo. Ele afirmou que estava escalado para trabalhar na segurança externa do hotel onde o presidente eleito estava hospedado e que seu trabalho era identificar quem entrava no perímetro de segurança .
Conclusão
O caso de Wladimir Matos Soares destaca a complexidade das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023. As evidências apresentadas pela PF e pela PGR apontam para a atuação de membros das forças de segurança no planejamento e execução de ações ilegais contra o Estado Democrático de Direito. O desfecho desse processo será fundamental para reforçar a confiança da sociedade nas instituições democráticas e no sistema de justiça brasileiro.
Redação:JNEWSCAST
