A disputa pelas cadeiras do Senado em 2026 já começou nos bastidores da política nacional, e a Bahia está inserida em um movimento estratégico liderado pelo Partido Liberal (PL) e por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O grupo busca reagir à articulação do governo federal e do Partido dos Trabalhadores (PT), que já planejam chapas competitivas para a renovação de dois terços do Senado, o que ocorrerá nas eleições de 2026.
Estarão em jogo 54 das 81 vagas da Casa — duas para cada estado — e o objetivo declarado de ambos os lados é ampliar sua representação no Senado Federal. Em 2022, o bolsonarismo conseguiu eleger 8 senadores pelo PL, além de outros nomes alinhados politicamente por partidos como Republicanos, PP e União Brasil. Atualmente, o PL soma 13 senadores e forma a segunda maior bancada, atrás apenas do PSD, que possui 15 parlamentares.
Na Bahia, a estratégia do PL ainda gira em torno da pré-candidatura de João Roma, ex-ministro e ex-deputado federal. Inicialmente apresentado como nome para a disputa ao governo estadual, Roma agora é visto como uma possível peça-chave para integrar a chapa majoritária, com chances reais de concorrer ao Senado em 2026.
Nos bastidores, a legenda tem demonstrado preferência por lançar um nome ao Senado, em vez de negociar a vaga de vice em alguma coligação. A aposta é fortalecer o bloco de oposição ao governo federal na chamada “Câmara Alta” do Congresso, oferecendo mais resistência à base governista.
A movimentação na Bahia faz parte de uma estratégia nacional para consolidar uma presença mais robusta do bolsonarismo no Senado, em uma eleição que promete ser decisiva para o equilíbrio de forças em Brasília.
Redação: JNEWSCAST