Mensagens obtidas pela Polícia Federal (PF) no contexto da Operação Overclean sugerem que o empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, teria exercido influência na nomeação de cargos na Prefeitura de Belo Horizonte (MG). Moura é um dos principais alvos do inquérito que investiga desvios milionários em contratos firmados com recursos de emendas parlamentares.
O empresário foi alvo da terceira fase da operação, deflagrada na última quinta-feira (3), sob a acusação de obstrução de Justiça. No mesmo dia, o secretário municipal de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral, foi afastado do cargo por decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a decisão que autorizou o afastamento, assinada pelo ministro do STF, foram encontradas mensagens no celular de Moura trocadas com o então prefeito da cidade, Fuad Noman, que faleceu no final de março deste ano. Nas conversas, discutem a composição do novo secretariado municipal após a vitória de Fuad nas eleições de 2024. De acordo com a PF, inicialmente, o prefeito ofereceu a Moura as secretarias de Combate à Fome e Mobilidade Social, mas o empresário teria solicitado também o cargo de Secretário de Educação, posteriormente ocupado por Barral. A polícia alegou que Moura insistiu em controlar a pasta.
Redação: Alô Juca
