Foto: Lucas Figueireddo CBF
A Seleção Brasileira encerrou a Data FIFA de março com uma de suas piores apresentações nesta fase das Eliminatórias da Copa do Mundo. Em um clássico desequilibrado, a equipe foi derrotada pela Argentina por 4 a 1, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
O confronto teve sua tensão iniciada antes mesmo do apito inicial, com declarações polêmicas de Raphinha, e terminou com o Brasil ocupando a quarta colocação na tabela. Mas o que levou a essa atuação tão abaixo do esperado? Confira cinco fatores que explicam o resultado negativo.
Declarações inflamadas antes do jogo
Antes da bola rolar, Raphinha chamou atenção ao fazer declarações polêmicas sobre o clássico. Em entrevista à Romário TV, o atacante garantiu que iria “dar porrada” na equipe argentina. Durante a conversa, o ex-jogador e senador Romário ainda questionou se o camisa 11 acreditava que faria um gol, ao que ele respondeu afirmativamente e reafirmou sua confiança de maneira enfática.
As falas rapidamente repercutiram, especialmente na Argentina, e contribuíram para um ambiente ainda mais hostil no estádio. O hino brasileiro foi vaiado e Raphinha foi um dos alvos preferidos da torcida local.
Escolhas táticas questionáveis
A escalação do Brasil também gerou dúvidas. O técnico Dorival Júnior optou por um time ofensivo, com apenas dois volantes, André e Joelinton, e um quarteto avançado formado por Raphinha, Rodrygo, Matheus Cunha e Vinicius Júnior.
Por outro lado, a Argentina apostou em um meio de campo mais povoado, com Enzo Fernández, Paredes, De Paul e Mac Allister, além de Almada e Julián Álvarez completando o setor ofensivo. A superioridade no meio-campo permitiu à seleção argentina controlar a partida e ditar o ritmo do jogo.
Erros individuais comprometedores
Com um setor de marcação fragilizado, a defesa brasileira ficou exposta desde o início. Logo aos três minutos, Thiago Almada encontrou Julián Álvarez na área, que passou entre Murillo e Guilherme Arana para abrir o placar.
Além de Murillo e Arana, Marquinhos também cometeu erros defensivos que facilitaram a vida dos atacantes argentinos. O goleiro Bento, apesar de algumas defesas importantes, teve dificuldades nas saídas de bola. Foi justamente em uma dessas falhas que, aos 36 minutos do primeiro tempo, Mac Allister aproveitou a oportunidade e marcou o terceiro gol da Argentina.
Estrelas apagadas
Enquanto a defesa se destacou negativamente, os principais nomes do ataque brasileiro pouco produziram. Raphinha, Vinicius Júnior e Rodrygo tiveram atuações discretas e não conseguiram desequilibrar. Vini Jr. até tentou jogadas individuais, mas sem eficiência na finalização.
Por outro lado, Matheus Cunha foi um dos poucos que demonstraram iniciativa, conseguindo distribuir o jogo e marcando o único gol da Seleção Brasileira na partida.
Julián Álvarez brilha em noite inspirada
Se o Brasil teve dificuldades com seus principais jogadores, a Argentina contou com uma atuação decisiva de Julián Álvarez. Mesmo sem Lionel Messi, o time de Lionel Scaloni mostrou força coletiva e viu Álvarez assumir o protagonismo.
Além de marcar o primeiro gol da partida, o camisa 9 argentino foi peça fundamental na criação ofensiva da equipe. Sua movimentação constante abriu espaços para jogadores como Enzo Fernández e Mac Allister, que também balançaram as redes e consolidaram a goleada argentina.
Por Redação JNEWS CAST